A Boeing não comentou o comunicado da agência, mas a empresa compartilhou um e-mail sobre o assunto que um executivo enviou na semana passada aos funcionários da Carolina do Sul, onde fabrica o Dreamliner. Nessa mensagem, o executivo disse que a Boeing determinou que não havia risco imediato à segurança do voo.
A investigação se soma ao escrutínio que a Boeing tem enfrentado desde que um painel de porta explodiu um 737 Max durante o voo em janeiro, prejudicando a reputação da empresa e chamando a atenção dos reguladores federais. A FAA iniciou uma investigação separada após o incidente, ocorrido durante um voo da Alaska Airlines, e o Departamento de Justiça abriu um inquérito criminal.
A FAA também disse que está investigando as alegações de um denunciante da Boeing, que afirma que a empresa tomou atalhos de produção com o Dreamliner que poderiam levar à falha prematura da estrutura do avião. O novo inquérito sobre fiscalizações não tem relação com as denúncias do denunciante, que testemunhou em audiência no Senado no mês passado.
O problema que a FAA está investigando foi identificado pela primeira vez por um funcionário da Boeing, de acordo com o e-mail enviado na semana passada. O autor da mensagem, Scott Stocker, executivo que supervisiona a produção e a segurança, disse que uma investigação sobre as preocupações dos funcionários descobriu que “vários” trabalhadores pularam os testes exigidos, mas os registraram como concluídos.
Stocker disse que a Boeing estava tomando medidas “rápidas e sérias” para abordar a conduta dos trabalhadores e informou prontamente a FAA sobre suas conclusões. Ele também elogiou o funcionário por levantar a preocupação em primeiro lugar. “É fundamental que cada um de nós fale quando vemos algo que pode não parecer certo ou que precisa de atenção”, disse ele.