Moscou, Rússia:
O Kremlin disse na segunda-feira que os próximos exercícios nucleares da Rússia pretendiam ser uma resposta a comentários “sem precedentes” – inclusive do presidente francês Emmanuel Macron – sobre o envio de tropas da OTAN para a Ucrânia.
O Ministério da Defesa tinha anunciado anteriormente que os exercícios, ordenados pelo Presidente Vladimir Putin, seriam realizados “num futuro próximo” face a “ameaças” ocidentais não especificadas.
“É óbvio que estamos falando de declarações do senhor Macron e de representantes britânicos”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, quando questionado por repórteres sobre o que motivou os exercícios.
“Eles estão a falar sobre a prontidão e até a intenção de enviar contingentes armados para a Ucrânia – isto é, de facto, para colocar soldados da NATO à frente dos militares russos”, acrescentou.
“Esta é uma rodada completamente nova de escalada de tensões. Não tem precedentes e requer medidas especiais.”
Macron disse numa entrevista na semana passada que a questão do envio de tropas para a Ucrânia surgiria “legitimamente” se a Rússia rompesse as linhas da frente ucranianas, e Kiev fez tal pedido.
“Não descarto nada porque estamos diante de alguém que não descarta nada”, disse Macron, referindo-se a Putin.
Macron já havia feito comentários semelhantes em fevereiro.
O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, disse numa entrevista na semana passada que a Ucrânia tem o “direito” de atacar alvos dentro da Rússia.
As forças ucranianas dependem da ajuda militar ocidental para combater a Rússia, mas a NATO disse que não enviará tropas para a Ucrânia.
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