Jerusalém:
O exército israelense continuará sua operação na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, “conforme planejado”, depois que as negociações sobre a trégua Israel-Hamas realizadas no Cairo, no Egito, fracassaram, disse uma autoridade israelense à mídia.
Entretanto, uma agência de notícias Xinhua que cobre os acontecimentos relatou tropas israelitas em massa estacionadas na fronteira com Rafah.
O funcionário israelense não identificado confirmou na quinta-feira que a delegação israelense deixou o Cairo após negociações com o Hamas, os negociadores dos EUA, do Egito e do Catar sobre um acordo para acabar com as hostilidades e garantir a libertação de reféns em Gaza, informou a agência de notícias Xinhua.
O responsável não detalhou se Israel irá expandir a ofensiva para mais áreas em Rafah, no extremo sul de Gaza, onde cerca de 1,2 milhões de palestinianos deslocados internamente se refugiavam.
De acordo com o noticiário estatal de Israel Kan TV, as negociações foram interrompidas devido ao contínuo ataque terrestre de Israel a Rafah.
O gabinete de guerra do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estava programado para se reunir ainda nesta quinta-feira para discutir a continuação da operação Rafah.
Comentando a decisão do presidente dos EUA, Joe Biden, de suspender alguns envios de armas para Israel caso este aprofunde o seu ataque à cidade de Rafah, as Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram que têm armas suficientes para continuar as operações em Gaza.
“As FDI têm armamentos para as operações que estão planejando, também para a operação em Rafah”, disse o porta-voz das FDI, Daniel Hagari, em um comunicado.
“Temos o que precisamos”, sublinhou.
“Até agora, os EUA forneceram assistência de segurança a Israel e às FDI de uma forma sem precedentes”, acrescentou Hagari, observando que “mesmo quando há divergências entre nós – nós as resolvemos em salas fechadas”.
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