Em maio de 2022, Jason Cooper, um paleontólogo comercial, foi passear por sua propriedade perto da cidade apropriadamente chamada de Dinosaur, no Colorado, com um amigo e encontrou um pedaço de fêmur saliente em alguma rocha.
Esse fêmur deu origem a um fóssil de estegossauro, um dos maiores e mais completos já encontrados, que posteriormente foi apelidado de “Apex”. Em julho, a casa de leilões Sotheby’s venderá Apex em leilão por um valor estimado entre US$ 4 milhões e US$ 6 milhões, tornando o esqueleto o mais recente ponto crítico em um longo debate sobre o comércio privado de fósseis.
Os fósseis de dinossauros têm alcançado preços crescentes em casas de leilão desde 1997, quando a Sotheby’s vendeu “Sue”, o Tiranossauro rex, ao Field Museum, em Chicago, por 8,36 milhões de dólares. Em 2020, “Stan”, outro esqueleto praticamente completo de T. rex, foi vendido na Christie’s por US$ 31,8 milhões.
Esses preços levantaram sérias preocupações entre os paleontólogos acadêmicos, disse Stuart Sumida, vice-presidente da Sociedade de Paleontologia de Vertebrados. Muitos deles viram fósseis que podem desvendar mistérios científicos serem encaminhados para as mãos de colecionadores privados ricos, em vez de para instituições de investigação, nas últimas décadas.