Às 17h06 de quinta-feira, logo após a NBC News iniciar uma reportagem especial, Savannah Guthrie e Lester Holt disseram aos telespectadores que um veredicto no primeiro julgamento criminal contra um presidente americano era iminente. Depois de semanas de testemunhos dramáticos que, sem câmaras no tribunal, tiveram pouco impacto na televisão, a tensão espalhou-se de uma só vez pelas ondas de rádio.
“Ah, aqui vamos nós”, disse Guthrie abruptamente, enquanto a voz fora da câmera de Laura Jarrett, correspondente jurídica sênior da NBC, podia ser ouvida ao fundo. “Pessoal! Precisamos ir”, disse Jarrett. “Nós precisamos ir.”
“Vá”, exortou a Sra. Guthrie. A câmera saltou para a Sra. Jarrett, do lado de fora de um tribunal de Manhattan, que durante os 87 segundos fascinantes seguintes leu cada contagem, uma por uma, seguida pelo mesmo veredicto de duas sílabas:
“Culpado.”
Em todas as grandes redes de TV, os âncoras divulgaram o resultado para o ex-presidente Donald J. Trump com a cadência rápida de um leiloeiro. “Contagem 1, culpado; Acusação 2, culpado; Acusação 3, culpado”, entoou Ari Melber, correspondente jurídico da MSNBC, enquanto Rachel Maddow, de rosto sóbrio, sentava-se ao lado dele fazendo anotações em um bloco. Um gráfico no ar totalizou a pontuação final: 34 culpados, 0 inocentes.
Foi o tipo de momento fascinante que Trump, ele próprio um conhecedor de televisão, poderia ter apreciado se não fosse o tema. “É um momento notável na história americana”, disse Anderson Cooper enquanto a CNN dava a notícia.