Horn foi franco sobre o quanto não gostou da ideia de fazer “300”. Dois filmes peplum de alto perfil de 2004 – “Tróia” de Wolfgang Petersen e “Alexander” de Oliver Stone – ambos fracassaram, e Horn não estava interessado em atrelar sua carroça a mais um fedorento de espada e sandália. Horn só mudou de ideia depois de se encontrar com Zack Snyder, e o diretor explicou o quão diferente seu filme seria. Snyder também já estava de olho em Butler para o papel de Leônidas, uma decisão que Horn odiava. Butler também queria uma reunião. Ele conta a história de seu encontro com Butler assim:
“Butler fez ‘O Fantasma da Ópera’ para nós. Eu disse: ‘Não o vejo para o papel.’ Para mim, ele era o Fantasma. Alguns dias depois, recebi uma ligação de Gerard Butler. Ele disse: ‘Posso ir ver você?’ […] Então ele vem me ver e é realmente imponente fisicamente. Eu sabia pelo Fantasma que ele fumava e pensei ter sentido o cheiro nele. Então eu disse: ‘Ok, você pode ficar com o papel com uma condição: você tem que parar de fumar.’ Ele disse: ‘Você está falando sério?’ Eu disse sim. Dê-me sua palavra e ela será sua. E ele disse: ‘Eu lhe dou minha palavra’”.
Horn – talvez afetando uma maneira antiquada de pensar – ainda pensava nas estrelas de cinema como modelos e queria que Butler apresentasse uma imagem “mais limpa” para qualquer pessoa mais jovem que pudesse admirá-lo. Além disso, se ele quisesse entrar em forma de tanquinho para interpretar Leônidas, provavelmente seria uma boa ideia Butler abandonar um hábito tão prejudicial à saúde. Para “300”, Butler parou de fumar.