O Max continua popular, especialmente entre as companhias aéreas dos Estados Unidos, que têm uma longa história de pilotar aviões Boeing. A empresa está trabalhando para atender cerca de 4.300 pedidos do Max, uma carteira de pedidos no valor de centenas de bilhões de dólares. Mas a Airbus vendeu muito mais da família A320neo, com mais de 7.100 pedidos pendentes para as três variantes desse avião.
A Boeing ainda lidera quando se trata de aviões maiores de corredor duplo, mas o domínio da Airbus no lucrativo mercado de corredor único pode ser auto-reforçado, dizem os especialistas. Com mais vendas chegando, a Airbus pode investir mais em pesquisa e desenvolvimento. Com mais aviões voando, pode ganhar mais com a venda de peças de reposição e a prestação de serviços.
“Durante todo o tempo em que a Boeing apagou incêndios, a Airbus apenas administrou seus negócios”, disse Ron Epstein, analista aeroespacial e de defesa do Bank of America.
A Boeing também extraiu tudo o que pôde do 737, que estreou no final da década de 1960. Ao desenvolver o Max, a empresa levou a estrutura do avião ao seu limite. É provável que seu próximo avião seja construído do zero, disseram especialistas em aviação.
Não estava claro como seria esse novo jato ou quando ele chegaria.
Dave Calhoun, presidente-executivo da Boeing, disse que a empresa não lançará um novo avião até meados da década de 2030 – em parte porque um esforço tão monumental só valeria a pena quando empresas como General Electric, Rolls-Royce e Pratt & Whitney introduzissem mais motores eficientes.