Crescente Vermelho afirma que tropas israelenses usaram caminhão de ajuda para libertar reféns – SofolFreelancer


Quatro reféns detidos em Gaza foram libertados durante a operação militar no campo de refugiados de Nuseirat no sábado.

Jerusalém:

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) disse na segunda-feira que as tropas israelenses usaram um caminhão de ajuda para se infiltrar no campo de Nuseirat, no centro de Gaza, quando resgataram quatro reféns israelenses no fim de semana.

A filial palestina local da Cruz Vermelha disse em um comunicado que alertou “sobre o perigo do uso pelas forças de ocupação, no sábado, de tal veículo para se infiltrar no campo”.

“As forças de ocupação enganaram as pessoas ao disfarçarem-se sob a cobertura da ajuda de que os civis necessitam desesperadamente no meio do seu sofrimento devido à grave insegurança alimentar”, afirmou o comunicado.

“Isso põe em risco a segurança das equipes de socorro.”

Tal precedente levanta a possibilidade de os trabalhadores humanitários serem vistos com suspeita no futuro, disse Nebal Farsakh, porta-voz da PRCS, à AFP.

Questionado sobre a declaração do Crescente Vermelho na segunda-feira, o exército israelita referiu à AFP um tweet de 8 de junho no qual o porta-voz Avichay Adraee rejeitou as alegações de que as forças entraram em Nuseirat em camiões de ajuda como “mentiras”.

Quatro reféns detidos em Gaza desde 7 de outubro foram libertados durante a operação militar no campo de refugiados de Nuseirat, no sábado.

Almog Meir Jan, 22, Noah Argamani, 26, Andrey Kozlov, 27, e Shlomi Ziv, 41, foram sequestrados no festival Nova em outubro

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, disse que pelo menos 274 palestinos foram mortos e 698 feridos durante a operação militar no campo de Nuseirat no sábado.

O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, OCHA, disse em comunicado na segunda-feira que o fluxo de vítimas da operação de resgate “sobrecarregou enormemente as capacidades limitadas dos hospitais” na área.

As forças israelitas também se disfarçaram de trabalhadores humanitários civis para atingir alvos.

Em Janeiro, agentes disfarçados, alguns vestidos de médicos, mataram a tiro três militantes palestinianos no hospital Ibn Sina, na cidade ocupada de Jenin, na Cisjordânia, tendo o exército afirmado que pertenciam a uma “célula terrorista do Hamas”.

A guerra em Gaza eclodiu após o ataque sem precedentes do Hamas a Israel, em 7 de Outubro, que resultou na morte de 1.194 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelitas.

Os militantes também sequestraram 251 reféns durante o ataque.

Mais de 100 deles foram libertados durante a trégua de Novembro e, após a missão de resgate de sábado, 116 reféns permanecem em Gaza, embora o exército afirme que 41 deles estão mortos.

A ofensiva retaliatória de Israel matou pelo menos 37.124 pessoas em Gaza, também a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do território administrado pelo Hamas.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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