Depois de “Cube”, Natali dirigiu produções notáveis de Hollywood como “Splice”, “Haunter” e “In the Tall Grass”. Ele também dirigiu vários episódios de “Hannibal” e alguns episódios da minissérie “The Stand” de 2020. Ele postulou que a razão de “Cube” ser tão popular no Japão foi porque ele escolheu deliberadamente – pelo menos por algumas cenas – filmar “Cube” no estilo do mestre japonês Yasujiro Ozu. “Eu nomearia cubos diferentes dependendo do estilo que estava usando”, disse Natali, “e havia um cubo de Ozu, onde eu estava filmando como em um filme de Ozu. Então já estava impregnado deles”.
O remake japonês de “Cube” de 2021, dirigido por Yasuhiko Shimizu, mudou o foco do filme de Natali para um protagonista central (interpretado por Masaki Suda) e explicou um pouco mais sobre sua história de fundo e sua jornada emocional dentro do Cubo. Natali sentiu que a abordagem baseada no personagem era nova e diferente do original de uma forma que tornava o material revigorante. “Tive um toque muito leve. Queria ficar fora do caminho”, disse Natali. “Qualquer que seja um remake, ele deve se diferenciar do original, e eu realmente não queria que fosse o original.”
É também por isso que ele sentiu que um remake americano seria uma má ideia. Natali trabalhou em produções americanas suficientes e observou remakes de Hollywood suficientes para saber como funciona a máquina de remakes. Mais do que tudo, ele reconheceu que um remake americano provavelmente tentaria manter exatamente as mesmas ideias de seu original de 1997, apenas com dezenas de executivos bem endinheirados respirando no pescoço dos cineastas. A única coisa que poderia ser acrescentada era um orçamento maior, e isso não era necessariamente bom.