Existem críticos do movimento?
Sim. Algumas postagens dizem que o bloqueio é um exemplo negativo de “cancelar cultura.” Outros sugerem que, tal como outros movimentos liderados pelas redes sociais, é a postura digital que gera poucas mudanças significativas.
Alguns argumentam que as celebridades não têm o dever (ou a consciência) de falar abertamente sobre questões geopolíticas complicadas e, de qualquer forma, questionam por que é importante o que as pessoas famosas pensam sobre essas questões. Outros consideram que o movimento confundiu os parâmetros, dado que algumas celebridades, como Jennifer Lopez e Billie Eilish, já demonstraram apoio a um cessar-fogo em Gaza, mas estão a ser punidas por não se manifestarem agora.
Então, o que resultou disso até agora?
Várias estrelas nas listas de bloqueio amplamente divulgadas, incluindo Lizzo e o influenciador Chris Olsen, postaram seus primeiros vídeos públicos pedindo aos seguidores que doassem em apoio às organizações de ajuda que atendem aos palestinos. Os apoiadores do Blockout também trabalharam para “impulsionar” celebridades que falaram recentemente sobre o conflito, como Macklemore, Dua Lipa e The Weeknd.
De acordo com métricas da empresa de análise Social Blade, muitos nomes em listas de bloqueio perderam dezenas ou centenas de milhares de seguidores por dia desde o início do “digitine”. Mas afirmações obscuras de que estrelas como Kim Kardashian perderam milhões de seguidores são infundadas.
O que acontece agora?
Mais celebridades começarão a se manifestar no tapete vermelho como resultado das listas? É muito cedo para dizer. Mas para os usuários frequentes do TikTok, a aura da marca Met Gala está sendo profundamente alterada. E embora os boicotes liderados pelas redes sociais não sejam de forma alguma inéditos, este último movimento é um exemplo claro do crescente poder dos criadores para redistribuir ou mesmo armar plataformas que são os pilares de um sistema moderno centrado nas celebridades – e capitalista.